sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Resolução de Problemas e a Investigação em sala de aula

Resolução de Problemas e a Investigação em sala de aula
O principal objetivo do Ensino da Matemática é desenvolver a capacidade de pensar e resolver situações problemas com autonomia. Para que isso aconteça, a mesma tem que ser transmitida pelo professor de forma que tenha significado, implicando na construção de estratégias, procedimentos, mobilização dos envolvidos e na busca de conhecimentos.
O objetivo do problema matemático é inventar estratégias, criar ideias, desenvolver competências, habilidades e outros saberes novos ou já construídos pelos educandos, além de representar um grande desafio para o mesmo. Muitas vezes, as situações problemas causam desmotivação para os alunos, isso acontece devido à forma rígida com que eles são transmitidos. Então cabe ao professor instigar e motivá-los, dessa forma eles terão interesse em compreender o problema proposto e passarão a criar, executar e utilizar-se de diversas estratégias para se chegar ao resultado proposto.
O sucesso do trabalho baseado na resolução de situações problemas depende não só do aluno, mas primeiramente do professor. Ele deve prepará-los e saber dos seus interesses. É necessário também diagnosticar o nível de conhecimento da turma, para não correr o risco de colocar um problema muito fácil ou de difícil entendimento. O professor tem que ser o mediador, deve se envolver nas questões propostas estimulando o pensar da classe.
Sabemos que para muitos alunos a matemática é vista como um bicho de sete cabeças, isso por que até mesmo os próprios pais não gostam da disciplina e demonstram para o filho esse receio e eles crescem tendo essa mesma opinião, ou então, pela forma como o conteúdo é transmitido pelo professor, que em vez de ser facilitador, instigador, é apenas transmissor de conhecimentos e suas aulas acabam sendo metódicas, desfragmentadas, descontextualizadas e ineficazes. O professor não consegue atingir os objetivos propostos porque não proporciona aos educandos um fazer matemático pautado na construção do conhecimento através da interação com o outro e com o mundo.
Faz-se necessário criar na escola um ambiente matematizador, permeado por desafios, construções e possibilidades, levando os discentes a estabelecerem relações, pensando, indo além do que se vê, construindo seu próprio conhecimento. O trabalho com investigação em sala de aula ajuda muito na assimilação do conteúdo a ser estudado. Um bom exemplo é pedir aos alunos que tragam para sala de aula objetos cilíndricos para serem medidos, observando o comprimento e a circunferência de cada um. Logo em seguida, propor que dividam esses valores, eles irão perceber que todos são parecidos e aproximando-os encontrarão o valor de PI (π). Trabalhar com a construção do astrolábio com compasso, tachinhas e canudos também é instigador, com esse recurso pode ser trabalhado diversos conteúdos, como medidas de ângulos, trigonometria, entre outros. Esse tipo de atividade é interessante por que o aluno manipula objetos, vivencia situações, formula hipóteses e constrói o seu próprio conhecimento.
Por tanto, observamos que sala de aula com alunos estáticos e professores sendo considerado o detentor do saber, transmitindo a matemática de forma abstrata e pronta não funciona mais. Estamos na era da informação, da tecnologia e tudo muda constantemente. O mesmo deve acontecer com a prática pedagógica, principalmente no que diz respeito ao ensino da matemática. Então, cabe a nós professores nos capacitarmos cada vez mais, buscando estratégias, metodologias novas, dinâmicas, tornando a aula mais participativa e significativa, voltada para a realidade de nossos alunos. Com toda certeza elas serão mais prazerosas e nossos alunos mais conhecedores e capazes de compreender o fazer matemático.
By Sabrina Mascarenhas

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